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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pedra Amarela

Lapidar-se...

Removendo de si o que já não lhe cabe;
Ousadia:
Estreita desvalorização ao que lhe fora subtraído –
Menos, não.
Com exceção do que brilha,
Com a afirmação do que em si sente.
E na dor: sacrificar o que restou.


Imaginar-se...

É colher os frutos da árvore proibida –
sem deles saborear o néctar d’uma mordida.
É degustar do doce amor que flui da Lótus,
por sob a lama – ali escondida.
É transcender os achismos;
É sentir a verdade no silêncio da ausência;
É viver sem ter-te como meu,
mas com a presença do calor dos olhares teus.


Criar-se...

A música existe por si;
A melodia transpassa o que se sabe:
Luz e Sombra!
E com o verbo, silenciar-se.
Apesar dos pesares,
Amor à ti:
na saudade,
no encanto,
a Deus.


Construir-se...

É viver o hoje sem olhar pra trás;
É desistir de parar;
É parar de retro-ceder!
É projetar-se pra frente –
sem esperar recompensas,
sem compensar as ausências.
É calar-se pra si!


- por Adna Valéria Neves

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